sábado, 1 de outubro de 2011

O ÚLTIMO DOS POEMAS


Que o passado se torne apenas uma lembrança;
Que seus rastros não me sigam mais durante a vida;
Que seja o último momento de hipnose, e que a lucidez me tome por completo;
Que sua boca se cale diante da minha angustia, mesmo que não possa mais ouvir suas palavras;
Que o feitiço do seu beijo se quebre, ainda que eu fique abalado;
Que aquele doce sorriso se desfaça em minha memória;
Que o amor que já se perdeu em algum lugar, não volte mais mesmo que não esteja acabado;
Que sua essência não se transforme em delírios;
Que o convívio com os meus delírios seja um pouco mais suportável;
Que esse seja o último dos poemas;
E que a inspiração que me vem ao momento não se vá;
Pois a história se acaba;
E um novo futuro aqui começa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário