quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AINDA HOJE COMO NO PASSADO


Corremos atrás da emoção e da paixão;
Que nos move e nos sacia;
Corremos atrás do que nos comove;
E nos faz mais libertos;
Corremos atrás do que está por vir;
Do novo que ainda não veio;
Do que ainda espera por ser feito;
Do ato que ainda não se consumou;]
Almas sedentas de amor e compreensão;
Girassol em busca eterna do seu próprio Sol;
Não se busca o que a tormenta nos leva;
Não se busca o que o tempo oxida;
Busca-se algo até o fim de uma existência;
Busca-se algo que um dia se encontrou.

PARANOID


Meus nervos tremem;
Neste corpo sem controle;
Meus pensamentos fixos;
Sentem a falta de algo distante;
Meus olhos assustados;
Vêem minhas cores se desbotarem...

Agora novamente preso;
Fragmentado em pedaços;
Novamente você correu para o lado errado;
Novamente perdido;
Eu posso sentir seu medo;
E esta noite será tão longa; 
E este céu escuro poderá te cegar;
Siga esta estrada;
Mesmo que você possa se desintegrar;
Amanhã o Sol voltará a brilhar;
Mas eu sinto que ele poderá te queimar;
Dê um mergulho deixe seu espírito flutuar;
Mas tome cuidado para que essa água não possa te afogar;
Agora você morre aos poucos;
A espera de algo ou alguém que possa te salvar;
Seus dias de glória se tornaram relíquias do passado;
Dê uma volta na chuva deixe seu espírito levitar;
Paranoia constante não irá te mostrar
Que dias futuros poderão te curar.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DUAS FACES


A noite nos aguarda para mostrarmos quem podemos ser;
Quem for tolo que feche os olhos;
Quem for ator que faça sua cena;
Que caminhos devemos tomar?
Permanecemos no anonimato?
Ou colocamos amostra nossa estupidez compulsória?
Será que não basta o que temos?
Ou devemos ir atrás de mais?
Esta noite será tão longa;
Que tal mais uma dose?
Que tal uma nova garota?
Talvez mais duas?
Deixe-se levar pela hipocrisia;
Todos lhe aplaudem;
Todos lhe querem, você é a onda;
Mas não me venha com metafóricas palavras;
Pois aqui elas não tem sentido algum;
O que interessa é o que você demonstra ser;
Não o que realmente você é;
Vamos beber até cair;
Vamos varar as noites sem ao menos dormir;
Respirando este ar copularemos sem parar;
Sendo assim em algum meses envelheceremos alguns anos;
Mulheres querem seu corpo;
Não suas palavras;
Enquanto você permanece entre elas;
Seu amor se vai pela porta dos fundos;
Enquanto você pensava sobre seus ilusórios caminhos;
Velhos hipócritas comemoravam sua ausência;
Para que mostrar aos outros até onde podemos ir?
Mas se seus olhos não vêem o você  tem;
Se você quiser posso lhe dar mais;
Muito mais.



domingo, 20 de novembro de 2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O QUE FAREMOS?


O que faremos com essa inquietação constante?
Que entorpece nossas mentes e domina nossos instintos?
Você quer anestesiar seus sentidos ou  reprogramar a sua mente?
O que faremos com esses sonhos inacabados;
Resquícios  de noites bandidas de outrora?
Olhos delirantes nos vestígios de um passado;
Que faremos quando a melancolia nos fizer sentir exilados;
Em nossos próprios corpos?
Nostalgia sem explicação;
Que faremos com essa insanidade ponderada;
Que desequilibra nossa razão, que revitaliza nossa emoção?
Até quando estaremos imunes?
A sensualidade eclode num magnetismo irresistível;
Que faremos com essa cumplicidade que nos torna reféns em potencial?
Até quando manteremos o controle?
Se por vezes nos sentimos como astros desalinhados em órbitas estranhas;
Que tememos então?
Se estamos tão alheios á realidade onde a matéria impera;
Será que estamos passando a limpo o rascunho de nossas vidas?
Ou estaremos reinventando as nossas histórias?
RSF.

domingo, 13 de novembro de 2011

SÓ VOCÊ


Olhe em meus olhos;
E veja os caminhos que já percorri;
Entre nos meus sonhos;
E veja o mundo que criei para você;
Agora você pode entender o que realmente sinto por você?
Minhas palavras são vagas para o muito que quero;
Minhas noites são longas para os dias que espero;
Ainda hoje pensava sobre coisas que você me disse ontem;
E logo podia sentir meu corpo serpentiando sobre o seu;
Nômade de ventos de caminhos errantes;
Completamente anestesiado;
Meus excessos novamente fecharam meu olhos da realidade;
Você não poderia partir sem antes me ouvir;
Onde você esta que quase não ouço falar?
Lá fora há uma multidão batendo em minha porta;
Muitas vezes sem saber o porquê;
Mas aqui só há lugar para você;
Você poderia devolver um sorriso que um dia perdi;
Olhe em meus olhos;
Veja os caminhos que percorri para hoje estar aqui;
Entre em meus sonhos e me faça mais uma vez sorrir.




MUNDO INSANO


O  que aconteceu que você esteve tanto tempo fora?
Sentiu saudades de mim?
Ou a loucura já devorou sua sanidade?
Espero que você tenha algo que possa me interessar;
Sonhos?
O que posso fazer com sonhos inacabados?
Você não esta mais na onda;
A sensação do momento há muito se foi;
Obsoleto e esquecido você segue por caminhos estranhos;
Você teve muito e renegou tudo lentamente;
Você trocou corpos a sua disposição;
Por alguns instantes de reflexão;
Noites agitadas por dias melancólicos;
Andando por caminhos estranhos;
Agora eu vejo em seus olhos esta expressão solitária;
O que você quer que eu faça?
Companhia neste estrada silenciosa?
Ou quer que eu perca meu precioso tempo;
Pensando sobre os sentidos da vida?
Você sabe que odeio abrir portas para anônimos;
Assim como odeio expressar sentimentos humanos;
Você foi apenas mais um dos rebelados;
Que fugiram da minha órbita;
Á procura destes estúpidos caminhos;
O que você conseguiu?
Conhecer o outro lado das coisas?
Ou a decifrar como vou agir no amanhã seguinte?
Obsoleto e esquecido você segue por caminhos estranhos.

ATTENTION DEFICIT HIPERACTIVITY DISORDER

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

VERSOS TRISTES


E cegarei os olhos da criança;
Para que ela não mais veja;
Álem do que as outras possam ver;
Com a aurora mais negra que o dia já viu;
E tudo será de uma única cor;
De um único tom;
De uma única sensação;
E taparei os ouvidos;
Para que ela não mais ouça;
O doce canto dos ventos;
Pelos vales e montes;
Para que tudo seja de uma única música;
De um único rítimo;
De uma única nota;
E cortarei sua garganta;
Com a mais fina lâmina;
Onde suas palavras carregadas;
De paixão e emoção;
Jamais ganhe forma;
Sentido e compreensão;
E o verbo morra em si;
Prisioneiro do silêncio tudo será;
Quanto a sua alma;
Já julgada e condenada;
Deixo o mais cinza dos céus;
A mais fria das noites;
E como consolo;
A mais triste das poesias.


Do que adianta os sentidos aguçados se a compreensão é limitada?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

NOS PALCOS DA VIDA


Nos palcos da vida, vou procurando cultivar a alegria e a paz;
Para depois colher sorrisos;
Minha cortina é muito pesada como tantas outras;
Mas o meu medo é insegurança;
Me sufoca ao final de cada cena;
O escript oculto atrás da cortina;
Me afasta deste mundo que existe do lado de fora do teatro;
Existem cenas que ainda não estou preparado para levar ao público;
Por isso a maquiagem nunca é tirada;
Preciso achar sentido para os traços da minha face;
Para os contornos do meu rosto;
Só assim não vou mais precisar do pó, da tinta e do nariz redondo;
Só assim vou poder sorrir ao mundo;
Sem a máscara, sem medo da platéia.


NAS PORTAS DO PASSADO


Os olhos se fecham;
A porta se abre;
Olhos de jade;
Invadem meu ser;

Estrada longa de curvas perigosas;
O Sol nos ilumina  nas chuvas de Abril;
Visões distorcidas em sonhos psicodélicos;
Lágrimas correm em faces estranhas;
Visões de um mundo distante;
Em sonhos inacabados;

Os sentidos estão proibidos em meus pensamentos;
Os mapas já se perderam com o tempo;
As paralelas já se cruzaram no paradoxo da vida;

Os olhos se perdem;
Na porta oculta;
Olhos de jade;
Eu preciso entender;

Meu espírito se desdobra;
E vaga na noite gelada em busca de resposta;
Qual é a sua verdadeira face?
Qual é a sua palavra final?

Os olhos se  abrem;
As portas se  fecham;
Olhos de jade;
Fazem-me sofrer.