terça-feira, 27 de dezembro de 2011

OLHOS PARANOICOS


Veja estes olhos...
Paranoicos olhos;
Velhas lentes da vida;
Secos pelos ventos;
Riscados pelo tempo;
Veja estes olhos;
Mórbidos olhos;
Eles falam e choram;
Criam e destroem;
Com chuvas e trovões;
Em suas visões;
Veja estes olhos;
Ofuscados olhos;
Telescópios dos tempos;
Em seus movimentos;
Vêem nuvens em cores;
Nos dias e noites;
Veja estes olhos;
Loucos olhos;
Eles correm através da madrugada;
Para morrerem;
Neste horizonte deserto;
Agora eu vejo certas cenas;
Cenas de um passado remoto;
Em fusão com um futuro incerto;
E estes olhos se tornam escuros;
Feito buracos negro no espaço;
Eles rompem com a distância;
Premeditando um sentido;
Que um dia faltou.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A CELEBRAÇÃO DO POETA



Hoje a vida celebra o poeta;
Que em sua arte expressa sem nenhuma pretensão;
Todo sentimento que lhe vai na alma;
Impressões e quimeras impregnadas no papel;
Transformando a tinta em confissões;
Que decifram o enigma de um coração;
Ele segue com seus versos, rimas e estrofes;
Metafóricos por vezes melancólicos.
Que hoje o poeta deixe fluir toda emoção contida;
Por vezes incompreendida por vezes sucumbida;
Fonte inesgotável do teu ser;
Hoje o menino de outrora;
Revestido na armadura do cérebro do homem;
Revive em teu olhar;
Cada vez que teu rosto se ilumina num sorriso;
Cada vez que resgata teus sonhos pueris;
Mas o poeta não existe sem os sonhos do menino;
E o menino sem a fortaleza do homem;
E o homem sem o universo do poeta;
Hoje a vida te convoca poeta;
Com todos os devaneios do menino;
Com todo o equilíbrio do homem;
Com toda emoção das tuas linhas;
Ou dos teus traços;
Hoje a vida quer renovar contigo;
Um compromisso;
Ela te chama para tomar posse;
Daquilo que te pertence por direito divino;
Que justifica tua existência;
Finalidade de tua criação;
A felicidade incondicional.
Há muito ainda para contar;
Teu horizonte se amplia na tua inspiração;
A solidão não precisa ser a sina do artista.

rsf.






domingo, 18 de dezembro de 2011

NA MARGEM DO RIO


Na margem do rio;
O Sol um sorriso seu refletiu;
Assim tao lindo meio que infantil;
Rasteiro feito manto verde;
Aos pés do dourado espelho;
Contemplo nuvens e pássaros;
Num instante derradeiro;
No ganido dos ventos;
Meus olhos se fecharam;
Pensamentos inundaram;
Sua ausência meu corpo sentiu;
Na margem do rio;
Uma lágrima caiu.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TRANSBORDANDO


Mutantes da noite a procura de emoção;
Desejos...
Mentes etílicas;
Loucuras explícitas;
Mulheres feito noites de verão;
O som da melodia nos leva ao êxtase;
E através de um alucinado coração;
Eu rompo com o seu silêncio;
Você quer me matar?
Ou você quer me amar?
O anjo camufla os pecados;
Que se esconde atras destes olhos insanos;
já nas ruas solitárias;
O velho trovador entorpecido;
Encosta sua viola;
E agora os primeiros pássaros é que cantam;
Anjo velado;
Tome minha glória;
Tome meu corpo;
Tome meus olhos;
Para que eles não mais vejam;
Os fascínios destas malditas noites;
Tome meu desejo;
Para que ele não se corrompa;
Com a primeira que me olhar dos pés a cabeça;
E leve junto minha estupidez compulsória;
Que reside neste velho;
Coração vazio;
Leve-os para os insetos;
Que lá no Amazonas repousam.







terça-feira, 6 de dezembro de 2011

TRANSPOSIÇÃO


Pintei em minha mente um  mundo colorido;
De cores tão intensas quanto contrastantes;
De uma perspectiva quase que infinita;
De dimensões ainda não conhecidas;
Criei um céu tão majestoso;
Que pudesse comportar dois astros;
De uma mesma grandeza;
E uma noite tão cintilante;
Como teto para cadentes estrelas;
Pintei rios de paixão;
Que serpenteavam curvas de um corpo nu;
Até desaguar no grande oceano do amor;
Criei planícies imensuráveis;
Onde o espírito da liberdade;
Dotado pelo ímpeto da verdade;
Pudesse correr sem limites;
E o vento de tempo a esmo osculasse minha face;
Na natureza  exuberante que tanto apreciei;
Enterrei tesouros aqui e ali;
Abri trilhas, alguma de contemplação;
Outras de pura emoção;
E outras ainda que prefiro desbravá-las acompanhado;
Criei vales e montes de terras férteis;
Onde a semente do desejo fecundada com amor;
Brinda com a vida flores de tons variados;
Exalando a libido pelos quatro flancos;
Energia motriz que flui no éter;
Pintei em minha mente um mundo colorido;
Que tomou boa parte;
Do meu grande silêncio;
Agora o que me anseia;
É encontrar uma grande e nobre 'tela';
Que possa absorver toda força;
Toda intensidade que desejei;
Que eu possa transpor com naturalidade e fluidez;
Que possa reprodizir com fidelidade;
Toda emoção e paixão que em mente sonhei;
E que tome todo o tempo de minha;
Errante e intensa existência.


AUFMERKSAMKEITSDEFIZIT-UND HYPERAKTIVITATSSTORUNG.

ADHD POESIE, CHONIKEN, ROCK, PHILOSOPHIE, ANFALLE EINES UNRNHIGEN GEISTES.