quarta-feira, 14 de março de 2012

MUNDO VORAZ


Despertai das coisas que são de baixo;
Acordai para as coisas que são de cima;
Já dizia um grande homem;
Das terras quentes da antiga Palestina;
Hoje este velho mundo lhe abraça;
E lhe deseja mais do que nunca;
Com seus braços fortes;
E seus truques quase que irresistíveis;
Hoje esse velho mundo lhe comanda;
E lhe tem sob seu controle;
Como máquina voraz ;
Ceifadora de momentos felizes;
E prazeres ocasionais;
Produzindo neuras e medos;
Neufráticos e psicastênicos;
Você é só mais uma peça;
Nesta imensa engrenagem;
Ele lhe diz o que é certo;
E o que deve se fazer;
De forma suave;
De maneira oculta;
Sem que percebas;
Nos inúmeros sistemas que te moldam;
E como fé cega seguis e obedeceis sem questionar;
Regras e condutas a que submeter;
Por isso me afasto;
Por isso observo;
Por isso eu grito;
Se não queres ser mais um;
É melhor se subverter;
Subverta-se no silêncio;
E beba da amarga razão;
Viva a essência que vem e que paira;
No vento que agora em seu ouvido sopra;
Como um velho juiz trajando sua negra toga;
Com  olhos de ganância;
E jeito de inquisidor;
Ele lhe sentencia à sua revelia;
À sua guisa o seu susseso;
Ou o seu fracasso;
Sedento de almas e mentes;
Ele pensa por você ;
E diz o Deus a que temer;
Subtraem toda cor e sentido;
E logo não há mais poesia nem primavera;
Só uma brisa fria carregada de nostalgia;
Bombardeia diuturnamente milhões de mentes;
Com milagres e utopias;
Violenta a essência e diz que é uma questão de preferência;
Por isso me afasto;
Por isso observo;
Por isso eu grito;
A manada corre sem razão;
Na direção que o primeiro aponta;
Viva neste mundo como não se fosse dele;
Já dizia um grande homem;
Das terras quentes da velha Palestina.




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